Escuro, mudo, negro
Com certeza irei voltar
Para onde eu vim a ser
No começo, bem lá no começo
Quando a saga se iniciou
E só restava seguir em frente
Para dá uma passeada
Na órbita da existência
O ciclo de uma vida
Com direito a muitas mortes
Construir desconstruindo
Desfragmentando por camadas
Voltarei então,
A ser quem já não sou
A ser o que já fui
Para ser um ser não-ser
Como uma gota d’água
Que se dilui no oceano
Para ser o próprio oceano
Porque o espelho delimita
Meu corpo, a contemplação
De uma pseudo-unidade
Enquanto mais adentro
Multiplicam-se os “eus”
Que não cheguei a conhecer
No mais, sou colecionador
Quero seqüestrar os “eus”
Do inconsciente, pendurá-los
Para secar em meu varal
Quando estão bem enxutos
Os visto como quem acaba
De ganhar uma nova camiseta
E saio pra caminhar
Expondo a mais nova
Versão de mim mesmo
Revista e atualizada
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3 comments:
Hi Gilson! Would you be able to translate this? I'd love to read it! But I understand if you don't want to, in case translating it might change the meaning in some of the words. I hope your week has been going well!
:)
Olá Gilson,
Obrigada pela vista...
E agradeço-a pelo simples facto de proporcionar momentos tão agraáveis aqui no seu espaço
Beijo
Maria
Hi Clare! Yeah, it was possible. I had to be careful translating this or else it would look a little freaky. It's interesting because there are some words that end up with a completely different meaning if I don't try to rearrange the sentence. My week's been going fine, I hope yours has too!
Olá Koral! Agradeço também a sua visita. Continuarei visitando seu blog e acompanhando suas postagens!
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