Tuesday, July 31, 2007

My love is crying / Meu amor está chorando


Up to now I only knew what it was to paint with my fingers, this was the first one in which I actually used a brush, attempting to increase the details. It was inspired by a John Frusciante poem that says: “Where life is here, coz’ my love is crying.” I think I’ll be posting it in a near future, it’s very beautiful. I tried to identify two “mes” in this picture. One of them is represented by who I am to others, and the other is represented by who I am to myself.

Até agora eu só sabia o que era pintar com os dedos, este é o primeiro em que eu busquei o uso do pincel em uma tentativa de aumentar os detalhes. Estava pensando em um poema de John Frusciante que diz: “Onde a vida está aqui, porque meu amor está chorando.” Pretendo postá-lo em um futuro próximo, é muito bonito. Eu tentei identificar dois “eus” nesta pintura. Um deles é representado por quem eu sou para os outros, e o outro é representado por quem eu sou para mim mesmo.

Friday, July 27, 2007

no meu quarto / in my room


Esta pintura é mais antiga, a primeira com tinta óleo, início de 2004. Era uma época difícil para mim e eu acho que a pintura espelha um pouco disso.

This painting is an older one, the first one with oil paint, beginning of 2004. It was a difficult time for me and I think the painting reflects a bit of that feeling.

Thursday, July 26, 2007

Quiet and Still




I opened a book
To dance with the words
The contrast of outline
The flow of conjunctions

An output of meaning
Dripping into my eyes
Sinking into my thoughts
Moistening my ideas

Powered by an enigma
The desire to know
That puzzled the lines
And pledged to the uncertain

Making me feel tired
And making me feel sleepy
It touched my eyes softly
Blinking ever slower

Invited by silence
To mislay the sight
Defocused by prints
And give in to darkness

A patient guest waiting
To meet me in dreams
And tell me a secret
In wraithlike imaginary

As if suddenly emerging
From a friendly distant world
Tickled by moving light
My eyes were then open

The sun half way lit
Across the horizon
I tried but could not tell
Was it rising or falling?

Hazily amused
By such vast disconnection
Glimpsing the hour
Time still moved forwards

Grabbing hold of my book
My soul felt refueled
I opened it up
To see where I had stopped

Monday, July 23, 2007

A Vista como um Vácuo


Com os dedos na janela
Contemplando o mundo afora
Vendo história acontecer
A grande história do agora

Que se afirma em todo instante
E só sabe olhar pra frente
Renovando em cada gesto
Um silêncio indiferente

De quem sabe e nada quer
Observa e acolhe
Acompanha nossos passos
Na memória deixa rastros

Mas prossegue exuberante
Ante a fraca permanência
Que não tarda em demonstrar
Vulnerável inconsistência

Como uma nuvem que rasteja
Vem com ela a tempestade
E se desfaz à luz do sol
Para então voltar mais tarde

Bem de perto quis eu ver
Narrativas vinculadas
Uma seqüência de eventos
Feito laço nos amarra

E nos deixa bem colados
Ao vasto mundo lá de fora
Porque escolher não escolher
É escolher de toda forma

Saturday, July 21, 2007

Meu motor é vontade / Will is my power



Esta pintura é de janeiro deste ano. Estava eu pensando em um universo de possibilidades, de como refazer o mundo, a minha maneira, por não encontrar nada envolta que suprisse meu desejo por “mais”. Mais de que? Não sei. De tudo talvez...

This painting is from January, this year. I was thinking in a universe of possibilities, of how to reconstruct the world, my way, for not finding anything around that sufficed my will for more. What more? I don’t know, everything maybe…

Friday, July 20, 2007

Retrato

Há um segundo atrás
Estava eu comatizado
Imerso entre dois momentos
Fotografando um pensamento

Que me olhava sorridente
Prepotente e autônomo
Desafiante a forma presa
Que eu lhe dera de presente

Para que ganhasse vida
E se infiltrasse na matéria
Faiscando a luz de um impulso
Junto ao hélio das idéias

Viajando em um só fôlego
Uma corrente de sinapses
Onde ele estava eu não era
Onde eu era ele não estava

Do meu coma retornei
A superfície como uma bóia
Com a língua contraída
Flutuante amnésia

Só me restava uma foto
Desfocada e traiçoeira
De contornos mal traçados
De beleza que golpeia

E na imagem delineada
Vai mais longe o sentido
De tocar a quem se expõe
Como um ácido corrosivo

Que de fluido se deforma
Preenchendo a mente alheia
Acolhedora involuntária
Tradutora imperfeita

Novos ares da à forma
Um mutante imprevisível
Retratado em uma foto
Subjetiva e intangível

Thursday, July 19, 2007

Caterpillar Me


I did not have the time
To shake that many hands
I gently let them go
Not thinking of plan

To search deeper within
Though missing many chants
While time was calm and slow
I stopped to take a breath

So I hid beneath a leaf
Hoping to come out some day
And forget what I had seen
What I saw was all so gray

In my little white cocoon
I forgot the world around
Hypnotized by all the tunes
Of a dream that lacked in sound

There were tunes inside my head
With great colors and great shapes
Singing stories of my life
I could barely recognize

After many nights and days
I then began to realize
That the walls were growing thin
They would crack and so would I

So I put on all my clothes
Waiting for that final haste
Expectations filled with dread
Something big was on its way

When the walls caved in I tried
To forget the thoughts in mind
Falling from the tallest branch
And almost crashing onto land

Out of shock I twist my back
When I saw big things that flapped
They were wings lighter than air
Colored art that came in pairs

And so I flew straight up, up, up
Ever further from thick mud
Wishing to trespass the clouds
Leave the earth and float around

Maybe I would land on mars
Meet great planets and bright stars
All I had known was so far down
Growing distance from the ground

But the air was warming up
Sparks of light then made me numb
Burned up in the heated sky
Like a toasted butterfly

Wednesday, July 18, 2007

Por que um Blog? / Why Blog?




A pergunta que vagou em minha mente até chegar onde estou agora: Por que um blog? E a resposta poderá ser simples ou complexa dependendo da maneira que eu quiser lidar com ela. Estive boa parte da minha vida escrevendo em cadernos e agendas que hoje hibernam silenciosamente nas gavetas de meu guarda-roupa, e isso não chega exatamente a me incomodar, afinal, havia ali um propósito meramente de desabafo (de criar seja lá o que fosse e não me importava o que acontecesse depois). Mas, se a arte visa à beleza, sendo essa beleza alcançada, me parece um gesto de egoísmo guardá-la toda para si mesmo, e surgiu em mim o desejo de compartilhar dela com quem por ela se interessassem. Não querendo limitar este alcance às pessoas, nem mesmo a própria produção textual, resolvi criar um blog que fizesse uso tanto do português como do inglês. Alguns posts vão ser em inglês, outros em português, e outros serão traduzidos para as duas línguas. Com isso espero poder compartilhar com vocês da minha arte, que aprendi a amar e cultivar. Espero que vocês gostem dela assim como eu.

The question that floated in my head until I got to where I am now: Why blog? And the answer can be simple or complex depending on how I want to deal with it. I’ve spent most part of my life writing in notebooks and diaries which now hibernate silently in the drawers of my closet, and that really doesn’t get to the point of making me feel bothered, after all, the purpose was only of ejecting accumulated thoughts (to create anything and not care about what happened after words). Yet, if art poses the objective of beauty and that beauty is reached, it seems selfish to keep it all for myself, and I developed the will to share of it with who ever shows interest. Not wanting to limit its reach to people, nor the textual production itself, I decided to create a blog utilizing both English and Portuguese. Some posts will be in English, others will be in Portuguese, and others will be translated to both languages. In doing so, I wish to share with you my art, which I have learned to love and cultivate. Hope you enjoy it as much as I do.