Sonhando acordado
Veio a mim um grande sábio
Sábio esse que sabia
E sabia por saber
Volta e meia me indagou:
“O que fazes por fazer
depois de ter feito tudo?”
“Mais um faço, grande sábio,
porque nada para o tudo,
e tudo é tudo mesmo.”
Que a selva me alimenta
E me gera e me cria,
Sou seu berço e seu lar
Ela e eu, eu e tudo
Como uma ponte ao sol nascente
Eu abro minha boca e ao sol engulo
O devoro e o cuspo fora
Em forma de célula nata
Um ciclo de vida no inefável
Eu sei e não sei ao mesmo tempo
E o incerto gera o certo
Gera o incerto
Gera o certo
Gera o incerto poente
Pois do outro lado nasce denovo
Incerto somente
O tudo saber gera cria
Mas cria menor pra dar ao ente
O gosto da descoberta
Eu não sei e permito que minha profundeza me espante,
E gere o espanto que é a beleza da flor
Que me cala e me olha em seu belo linear
Diz aprende a ser e ser somente
Eu sou tu e tu é o ar
Se inalando a si próprio
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2 comments:
Gilson
I feel so inadequate because I cannot read or understand Spanish.
I hape you put a translated version os I can enjoy a few moments with your poetry
It's portuguese, and the next post is the following.
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