Tuesday, July 8, 2008

Entregar-se

Meu querido adesivo
Repleto de luz e carente olhar
Naufraga no peito imenso estupor
Tingindo a alma com peso
De um verso de amor
Que sangra e chora
E grita e busca
Sorrir sem receio
Sem medo

De ter, de não ter
Ou não encontrar
Destino poente
Sentido
Pra valsa de anseio
Que rege o mundo
Põe todos numa dança
De passos aflitos

Despido mergulho em sonho
Vestido de osso e carne
Correndo atrás da parte que canta
Que sente e quer tudo abraçar
É a sede do belo que guia meu norte
Mas não como escape, e nem como fuga
E sim um local de morada
Aonde encontro um lar

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4 comments:

Ana Beatriz Frusca said...

"Tudo é ilusão neste mundo; o amor uma das maiores e mais epidêmicas."
Lord of Erewhon.

Todos nós nos reconhecemos sofredores na dor na dor e na saudade que ficam impregnadas em nossa memória. Dói sim, mas é combustível pra manter nossa existência apaixonada.

Beijos.

PS: Obrigada pro sua visita e por seu comentário.

Sr. Peixebola said...

Caro amigo... Gilson, meu querido espírito de adesivo colante, que "cola" em mim quando por mim passa, e comigo decola nos pensamentos e sentimentos intrigantes, nas confusas ilusões e demonstrações da arte, a arte de ser e estar,, a arte do observar, observador, a arte de descontruir e se esperançar na profundidade da vida como algo muito além que unicamente constar, como algo que é "penetrar" naquilo que ousamos reformular, e assim poder desfrutar do que decorre de então, da emoção. Sobre tuas linhas adesivas decolo também meu imaginário sobre teus versos e sentido, sentindo uma sensação outra de lar. assim nestas entrelinhas ... assim, eu fico observando e imaginando, passo constando, muito além que o ato... como a fotografia, e seu oculto muito além da imagem queimada.
passo queimando, escrevendo, passo constando, sempre te observando.

Rodrigo

anjobaldio said...

Obrigado por tua visita. Grande abraço.

NK said...

nuss tu e puta bom